Estudantes do curso Técnico em Recursos Humanos do CETEP do Recôncavo emocionam banca avaliadora na 13ª FEBRAT com projeto sobre a história da escola

Projeto “Estação 40” une ciência, arte e memória e destaca o protagonismo de estudantes do turno noturno na maior feira científica da educação básica do país

A participação dos estudantes do curso Técnico em Recursos Humanos, turno noturno, do Centro Territorial de Educação Profissional do Recôncavo Jonival Lucas (CETEP), de Sapeaçu, Bahia, na 13ª Feira Brasileira de Trabalhos de Iniciação Científica na Educação Básica e Técnica (FEBRAT), promovida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi marcada por emoção, sensibilidade e reconhecimento acadêmico.

O grupo apresentou o projeto “Estação 40: Das Mangueiras da Memória aos Trilhos da Educação”, que resgata a trajetória de quatro décadas da instituição e reafirma o papel da escola pública como espaço de construção de saberes, afetos e identidades. A iniciativa foi desenvolvida sob orientação do professor Rodrigo Santos Nascimento, com base na metodologia da Educação Patrimonial e Artística (EPA), que integra pesquisa, arte e cidadania.

Uma história de pertencimento e superação

Formado por estudantes que conciliam a rotina de trabalho com os estudos e as responsabilidades familiares, o grupo do RH Noturno decidiu celebrar os 40 anos do CETEP por meio de uma pesquisa que une ciência e memória. Inspirados nas antigas mangueiras que existiam no terreno onde a escola foi fundada em 1985, os alunos transformaram o símbolo das árvores em metáfora para a resistência e a continuidade da educação pública no Recôncavo Baiano.

A proposta resultou na criação do álbum patrimonial “Estação 40”, em que cada vagão de uma estação de trem representa uma década da história escolar. O material reúne fotografias, textos autorais e depoimentos coletivos que retratam as transformações pedagógicas, culturais e sociais vividas pela comunidade ao longo dos anos.

Reconhecimento da banca avaliadora

Durante a apresentação virtual na FEBRAT, realizada em formato híbrido entre 29 e 31 de outubro, os estudantes demonstraram domínio teórico e metodológico, além de uma expressiva sensibilidade na forma de comunicar o trabalho. A banca avaliadora destacou o equilíbrio entre rigor científico e emoção.


Em pareceres oficiais, os avaliadores classificaram o projeto como de “relevância social, bem estruturado e coerente”, elogiando a clareza, a objetividade e a articulação entre os tópicos. Um dos avaliadores enfatizou: “O trabalho apresenta boa contextualização temática, descrição metodológica consistente e uma excelente correção linguística, sinalizando novas perspectivas e implicações futuras.”

A avaliação destacou ainda a maturidade científica dos estudantes, reconhecendo o projeto como uma produção de excelência, capaz de unir a dimensão técnica do curso à valorização da memória institucional.

A voz dos estudantes

Durante a sessão de apresentação, o grupo evidenciou o compromisso com a educação e o orgulho de representar o ensino público técnico. “Estudar à noite, depois de um dia de trabalho e das responsabilidades com a família, exige dedicação. Trazer para um evento nacional a história da nossa escola é uma conquista coletiva. A Estação 40 representa o nosso pertencimento e o nosso amor pela educação”, afirmou uma das integrantes do grupo.

O professor orientador Rodrigo Santos Nascimento destacou o caráter formativo da experiência: “A pesquisa científica também nasce do afeto. Este projeto mostra que a memória é um caminho de aprendizagem e transformação. A Estação 40 é uma celebração do CETEP e de todos que constroem diariamente a educação pública no Recôncavo.”

Impacto e continuidade

O projeto reafirma o compromisso do CETEP do Recôncavo com a formação integral de seus estudantes e com a valorização da história local como elemento educativo. Após a FEBRAT, o grupo planeja ampliar a divulgação do álbum em plataformas digitais e organizar uma exposição permanente na escola, permitindo que novas gerações possam contribuir com relatos, imagens e lembranças.

A apresentação dos estudantes do RH Noturno na FEBRAT evidenciou que a pesquisa na educação técnica pode, e deve, dialogar com a emoção e com as raízes culturais da comunidade. O resultado foi uma mostra exemplar de como o conhecimento científico pode nascer da sensibilidade e da experiência coletiva.

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