CETEP do Recôncavo Jonival Lucas é premiado nacionalmente por projeto que transformou 40 anos de história escolar em pesquisa científica reconhecida pela UFMG
Inspirado nas antigas mangueiras que existiam no terreno onde o CETEP foi fundado, o grupo criou um álbum físico e artístico em formato de estação de trem, no qual cada vagão representa uma década da história da instituição.
A metodologia utilizada foi a da Educação Patrimonial e Artística (EPA), que promove o diálogo entre arte, história e cidadania.
Agora, o álbum segue para a etapa final estadual do Encontro Estudantil, representando o Território do Recôncavo na mostra de projetos artísticos e culturais da rede.
Os avaliadores destacaram o trabalho como exemplo de clareza, coerência metodológica e relevância social.
“Estudar à noite e representar o nosso CETEP Jonival Lucas
em um evento nacional é uma conquista que representa cada um de nós. A Estação 40 é um tributo à nossa história e ao nosso território”, afirmou uma das integrantes da equipe durante a cerimônia de premiação.
O resultado representa não apenas uma conquista acadêmica, mas o reconhecimento de um trabalho que preserva memórias e inspira novas gerações.
O Centro Territorial de Educação Profissional do Recôncavo Jonival Lucas (CETEP), de Sapeaçu (BA), conquistou o 1º lugar nacional na Categoria E – Ensino Médio Técnico e Profissional (Apresentação Online) da 13ª Feira Brasileira de Trabalhos de Iniciação Científica na Educação Básica e Técnica (FEBRAT 2025), promovida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O projeto vencedor, “Estação 40: Das Mangueiras da Memória aos Trilhos da Educação”, foi desenvolvido pelos estudantes do curso Técnico em Recursos Humanos – turno noturno, sob orientação do professor Rodrigo Santos Nascimento, e se destacou pela combinação entre rigor científico, sensibilidade artística e relevância social.
O Estação 40 nasceu durante as comemorações dos 40 anos do CETEP do Recôncavo, como uma iniciativa de valorização da memória institucional e da escola pública como patrimônio cultural da comunidade.
O álbum reúne fotografias históricas, textos autorais e registros contemporâneos produzidos pelos próprios estudantes, construindo uma narrativa visual e poética da trajetória da escola.
Antes de chegar à FEBRAT, o Estação 40 já havia conquistado destaque na Rede Pública Estadual de Ensino da Bahia, ao ser premiado em 1º lugar na etapa territorial do Encontro Estudantil de Arte e Cultura do Recôncavo, evento promovido pela Secretaria de Educação do Estado.
Na FEBRAT, a trajetória continuou de forma brilhante: a apresentação virtual do projeto emocionou os avaliadores da UFMG e rendeu ao grupo o 1º lugar nacional em sua categoria.
“Trabalho de relevância social, bem estruturado e coerente. Clareza, objetividade e articulação entre os tópicos. Excelente produção, com sinalização de novas perspectivas e implicações futuras.” — registrou o parecer da banca avaliadora da FEBRAT.
Os autores do projeto — estudantes que conciliam trabalho, família e estudo — deram um exemplo de dedicação e amor à escola pública.
O professor Rodrigo Santos Nascimento, orientador do projeto, destacou o valor pedagógico da experiência:
“A pesquisa científica também nasce do afeto. A Estação 40 é uma síntese de arte, memória e pertencimento. Esses estudantes mostraram que a educação pública é um espaço de resistência, sensibilidade e inovação.”
Com o título de 1º lugar nacional na Categoria E, o CETEP do Recôncavo reafirma seu papel de destaque na formação técnica e científica da rede pública baiana.
A diretora da unidade, professora Silvia Coaxi, comemorou a vitória e enfatizou o significado coletivo da conquista:
“Esse projeto é o reflexo de uma comunidade escolar comprometida com a educação transformadora. A Estação 40 é a prova de que quando os estudantes se tornam autores da própria história, a escola se torna viva.”
O grupo pretende ampliar a divulgação do projeto, disponibilizando o álbum Estação 40 em formato digital e organizando uma exposição permanente no CETEP, com painéis interativos e contribuições da comunidade local.
“A Estação 40 não para. Ela segue nos trilhos da educação, levando consigo as histórias e as vozes de quem acredita na escola pública como patrimônio coletivo”, concluiu o professor Rodrigo.

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